PRA REFLETIR

Não existe um caminho para a paz, a paz é o caminho.
Mahatma Gandhi

sábado, 5 de setembro de 2009

A MAÇONARIA NA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL – Parte V

JOAQUIM GONÇALVES LEDO
Nascido no Rio de Janeiro em 11/12/1781, foi seguramente,
o maior Maçom brasileiro de sua época de atividade e
tem sido bastante injustiçado na História do Brasil,
já que os historiógrafos, de maneira geral, pouco o citam no
movimento emancipador brasileiro.
Iniciava-se um movimento liderado por Joaquim Gonçalves Ledo, para a convocação de uma Assembléia Geral Constituinte. D. Pedro ficara em situação delicada, pois em todo o País já desencadeavam-se movimentos pela Constituinte. Chegavam noticias de que a Bahia e Pernambuco só reconheceriam a Regência se a Assembléia fosse convocada o quanto antes. O povo do Rio fazia movimentos incessantes pela convocação. No dia primeiro de junho foram eleitos procuradores do Rio os maçons Joaquim Gonçalves Ledo e José Mariano Azevedo Coutinho que, no dia seguinte, apesar de ser um domingo, reuniram-se e resolveram convocar uma assembléia geral, que deliberou por requerer a D. Pedro a convocação da Constituinte. Tal requerimento foi escrito por Gonçalves Ledo, em linguagem altiva, como era sua característica de escrever e, como conseqüência, logo no dia 3 de junho, foi por D. Pedro convocada a tão desejada Assembléia Geral Constituinte.
A independência estava próxima. Em todo o País eclodiam movimentos patrióticos pela emancipação, mas, como em qualquer movimento de grande envergadura, se não houvesse organização e comando, tudo tenderia ao insucesso.
Exatamente ai, é que a presença da Maçonaria foi decisiva.
As Leis Maçônicas da época, constituíram seu Grande Oriente. O esforço e a capacidade de persuasão da Maçonaria influenciou a imprensa a pregar francamente a separação completa e definitiva de Portugal. Os religiosos maçons, instruídos em suas Lojas, passaram a difundir do alto de seus altares o movimento patriótico. Nenhum profano era iniciado sem que se comprometesse, por escrito, com a causa separatista sendo, inclusive, necessário o juramento de defender e promover a independência do Brasil.
A Loja Comércio e Artes, em reunião econômica realizada em 13 de maio de 1822, deliberou conferir, em nome do povo, a D. Pedro, o título de “Protetor e Defensor Perpétuo do Brasil”. Esta proposição foi feita pelo maçom Domingos Alves Branco Munis Barreto.
Muito embora politicamente José Bonifácio fosse o maçom de maior destaque e ocupasse o cargo de Grão-Mestre na Maçonaria, o mais influente na Ordem, sem nenhuma dúvida, era Joaquim Gonçalves Ledo que, ardilosamente, propôs a iniciação de D. Pedro em sessão realizada em 13 de junho de 1822.
Continua na Parte VI

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