PRA REFLETIR

Não existe um caminho para a paz, a paz é o caminho.
Mahatma Gandhi

sábado, 26 de setembro de 2009

Mozart e a Maçonaria

Mozart foi iniciado na Maçonaria
em 14 de dezembro de 1784, aos 28 anos
na Loja A Beneficiência em Viena
Mozart foi iniciado na Maçonaria em 14 de dezembro de 1784, aos 28 anos, na loja "A Beneficiência" ( Zur Wohltatigket ) em Viena, uma dentre as 57 oficinas ( 17 na Áustria, 7 na Bohêmia, 4 na Galícia, 12 na Hungria e 17 nos Países Baixos ), filiadas à Grande Loja da Áustria ( Grosse Landesloge von Österreich ). Eram apoiadas pela poderosa Grande Loja da Alemanha. A Loja "A Beneficiência" realizava suas sessões no templo de uma loja maior e mais influente, chamada A Verdadeira Concórdia ( Zur Wahren Eintracht ).
Mas as ligações de Wolfgang com a Maçonaria começaram muito antes de sua iniciação. Em fins de 1767, Leopold, Anna Maria, Narnnel e Wolfgang com 11 anos, deixaram Salzburg e foram para Viena para as bordas nupciais da arquiduquesa Maria Josepha com o rei Ferdinando de Nápoles. O ambiente festivo transformou-se em luto, pois uma epidemia de varíola vitimou centenas de pessoas, inclusive a noiva real. Para não correr riscos, os Monzart partiram para Olmutz, na Checoslováquia. Mesmo assim, as crianças sofreram leves ataques de varíola e foram tratadas pelo Dr. Josef Wolff, conceituado maçom. O menino Wolfgang, em agradecimento, compôs uma melodia para o médico, sobre um texto maçônico escrito pelo poeta Johann Peter Uz, celebrando a "Alegria, Rainha dos Sábios".
Acostumado desde criança ao estudo intensivo da literatura e da poesia, o jovem músico encantou-se com a coletânia de poemas maçônicos publicados em Berlim um ano antes, extraido dela o texto "A Amizade". Após sua iniciação, doze anos depois, Mozart colocou na canção um subtítulo "Cântico Solene para uma Loja de São João" ( Lobgesang Auf Die Feierliche Johannisloge ) e foi destinada à cerimônia litúrgica "Cadeia de União", que segundo o ritual em uso, era como se encerravamtodas as sessões das lojas. Os primeiros versos são:
Oh sagrados laços que unem
os verdadeiros irmãos
Tal como a maior felicidade
e delícias do EdenPara teus círculos
sou sempre atraídoPois torna a vida bela
e cheia de encantos.
A 7 de Janeiro de 1785 (apenas 24 dias depois da sua iniciação!), Mozart é, na Loja Zur wahren Eintracht (Verdadeira Concórdia), passado ao grau de Companheiro. A 10 de Janeiro, termina o Quarteto de Cordas em Lá Maior (K 464), no qual o movimento Andante se refere ao ritual de Iniciação Maçónica. A 13 de Janeiro (6 dias depois da passagem a Companheiro, 30 dias depois da sua Iniciação!), Mozart é elevado ao grau de Mestre. Quatro dias mais tarde, compõe um Quarteto de cordas em Dó Maior (K 465), que se refere ao grau de Companheiro. Em Março de 1785, termina o Concerto em Dó Maior (K 467), cujo Andante faz claramente alusão ao terceiro grau, o de Mestre.
A 6 de Abril de 1785, participa na cerimónia de Iniciação do seu próprio pai, Leopold Mozart.
Mozart participa em inúmeras reuniões de Loja e compõe numerosas obras destinadas a serem tocadas em sessão. Visita as Lojas Zu den drei Adlern (Três Águias) e Zur gekrönten Hoffnung (Esperança Coroada).
Entretanto, a doença que lhe virá a ser fatal (o síndroma de Schönlein-Henoch) progride. Mozart compõe as suas três grandes obras com simbologia maçónica: A Clemência de Tito, a Flauta Mágica e o Requiem.
A morte de Mozart origina uma reunião de exéquias fúnebres de seus Irmãos. Uma oração fúnebre proferida na ocasião foi impressa. Hoje, dela resta apenas um exemplar. Eis a sua tradução:
O Grande Arquitecto do Universo acaba de retirar à nossa Cadeia Fraternal um dos elos que nos era mais caro e mais valioso. Quem não o conhecia? Quem não amou o nosso tão notável Irmão Mozart? Há poucas semanas ainda, ele encontrava-se entre nós, glorificando com a sua encantadora música a inauguração deste Templo. Quem de nós imaginaria que seria tão rapidamente arrancado do nosso seio? Quem poderia saber que três semanas depois choraríamos a sua morte? É o triste destino imposto ao homem, de deixar a vida deixando a sua obra inacabada, e tão excelente ela é. Mesmo os réis morrem deixando à posteridade as suas intenções inacabadas. Os artistas morrem depois de terem devotado as suas vidas a melhorar a sua arte para atingirem a perfeição. A admiração de todos acompanha-os ao túmulo. No entanto, se os povos choram, os seus admiradores não tardam, muito frequentemente, a esquecer-se deles. Os seus admiradores talvez, mas não nós, seus Irmãos! A morte de Mozart é para a arte uma perda irreparável. Os seus dons, reconhecidos desde a infância, tinham feito dele uma das maravilhas deste tempo. A Europa soube-o e admirou-o. Os príncipes gostaram dele e nós, nós poderíamos chamá-lo: “meu irmão”. Mas se é óbvio honrar o seu génio, não nos devemos esquecer de comemorar a nobreza do seu coração. Foi um membro assíduo da nossa Ordem. O seu amor fraternal, a sua natureza inteira e devotada, a sua caridade, a alegria que mostrava quando beneficiava um de seus irmãos com a sua bondade e o seu talento, tais eram as suas imensas qualidades, que nós louvamos neste dia de luto. Era simultaneamente um marido, um pai, o amigo de seus amigos e o irmão de seus irmãos. Se tivesse tido fortuna, faria todos tão felizes como ele desejaria.
Clique para escutar a musica de Mozart - A Flauta Mágica - Queen of the Night Aria

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

"Já pensou em poder ler a Bíblia mais antiga do mundo? Agora você pode, pois ela está na internet."

A Bíblia Sagrada é a base da religião cristã e é tida como uma espécie de manual de instruções para a fé dos que seguem os ensinamentos de Jesus Cristo. Ela figura como o livro mais vendido do mundo e tem milhares de edições diferentes, com adaptações na tradução e atualizações na linguagem. Mas todas estas diferentes Bíblias, além de terem em comum o seu conteúdo, tem uma origem só. O Codex Sinaiticus é o livro mais antigo que conseguiu resistir aos efeitos das eras que se passaram. Ele foi escrito no Século IV e tem a cópia mais completa do Novo Testamento, assim como o Antigo.
O Codex Sinaiticus é um projeto desenvolvido por quatro organizações: a Biblioteca Britânica, a Biblioteca Nacional Russa, o Monastério Santa Catarina (localizado no Monte Sinai, no ponto exato onde Deus apareceu para Moisés) e a Biblioteca da Universidade de Leipzig, na Alemanha. Sua existência é importantíssima para a história da Bíblia Sagrada.
Clique na imagem para acessar o site. O nome “Codex Sinaiticus” significa literalmente “O Livro do Sinai” (ou do Monte Sinai). Os estudos dizem que ele foi escrito na metade do Século IV. Pôde-se deduzir esta data aproximada através da caligrafia utilizada, através de algo chamado “Análise Paleográfica” (uma espécie de arqueologia da caligrafia). Outro livro praticamente completo que também data da mesma época é o Codex Vaticanus, que está guardado na Biblioteca do Vaticano, em Roma. Os demais documentos que são mais antigos que o Codex Sinaiticus contêm somente fragmentos de textos bíblicos e, por isso, não podem ser considerados “livros”.

Funcionamento do site

Após clicar no notão para acessar o serviço, uma nova aba ou janela do seu navegador será aberta já com o livro de gênesis sendo exibido na imagem. Você poderá navegar pelas páginas utilizando as diversas funções do sistema de visualização. O texto está em Grego, mas existem traduções para o Inglês, Alemão e Russo. Se quiser, você pode escolher o nome do livro (Gênesis, Êxodo, etc.), o capítulo e o versículo, clicando nas caixas que estão no campo “choose a passage”.

O sistema é muito parecido com o Google Maps, ou seja, você pode movimentar as páginas simplesmente arrastando-as na tela. É possível aumentar o zoom, para que você consiga ver mais de perto o texto. Do lado direito, há uma transcrição, já que nem todas as palavras estão perfeitamente legíveis. Abaixo da transcrição você poderá ver a tradução para a língua escolhida.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Participe da Campanha Ficha Limpa

Clique e Assista. Participe você também! Para mais informações acesse o site da MCCE, clicando AQUI

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A LOJA MAÇÔNICA DEUS E CAMOCIM N° 1 COMEMORA 89 ANOS DE FUNDAÇÃO

A Loja Maçônica Deus e Camocim n°1, comemorou nesse final de semana seus 89 anos de fundação.
As comemorações teve início no dia 04 de setembro, às 19:00h, com a palestra ministrada pelo Irmão Silvio de Paiva Ribeiro, que teve como tema "BANDEIRA DO BRASIL, A LEMBRANÇA DA PÁTRIA NOS TRÁS...", a história do Brasil contada através de suas treze bandeiras, realizada no auditório do Instituto São José, que contou com a presença maçiça de estudantes, professores e o povo em geral.
No dia 05 de setembro (sabado) teve proseguimento as comemorações dos 89 anos da DEUS E CAMOCIM, com a realização de uma sessão solene, que aconteceu no templo da Loja, com uma palestra proferida pelo irmão Cesar Marques, que teve como tema principal, "RITUALISTA NA LOJA MAÇÔNICA", em seguida todos se dirigiram ao salão de Banquetes da Loja, onde foi dado continuidade as comemorações, com entrega dos Certificados aos irmãos e cunhadas que estiveram no II Encontro Estadual das Samaritanas, como também, a entrega dos Diplomas de Maçom 100% aos irmãos Arcelino de Oliveira Neto e José Ubiratan Pimentel Fernandes.
Terminado a cerimônia de entrega dos certificados e diplomas, a Loja Deus e Camocim n° 1, foi homenageada pela passagem dos seus 89 anos de história, por todos presentes, e logo em seguida foi servido o jantar, com cardápio variado.
A festa foi animada por Roberval e seu grupo.
Irmão Cesar Marques de Carvalho, Grande Mestre de Cerimonias - Irmão Rembrandt de Matos Esmeraldo, Venerável da Loja Vigilante da Luz n° 33 - Cunhada Sônia - Irmão José Glaucio de Lima, Venerável da Loja Deus e Camocim n° 1 - Irmão Etevaldo Barcelos Fontenele, Grão Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará - Irmão Sílvio de Paiva Ribeiro - Eminente Grão Mestre - Cunhada Mara - Irmão Olinto Flanklin Gadelha, Venerável da Loja Deus e Família n° 137

Irmão Magno e Cunhada Euridiva recebem do Irmão Paulo e Cunhada Fátima o Certificado do II Encontro Estadual das Samaritanas Irmão Pauloe Cunhada Fátima, recebem do Irmão Gildo e Cunhada Norma o Certificado do II Encontro Estadual das Samaritanas

Irmão Glaucio e Cunhada Sônia, recebem do Eminente Grão Mestre, Irmão Sílvio e Cunhada Mara o Certificado do II Encontro Estadual das Samaritanas

Irmão Arcelino recebe do Grande Mestre de Cerimonias Irmão Cesar Marques o Diploma de Maçom 100%

Irmão Ubiratan recebe do Serenissimo Grão Mestre Irmão Etevaldo Barcelos Fontenele o Diploma de Maçom 100%

A MAÇONARIA NA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL – Parte VII

O plano de Ledo tinha um alcance muito maior, sabia ser imperioso fazer cessar urgentemente o clima de rivalidade dentro da própria Maçonaria e, principalmente, influenciar o Príncipe no processo de emancipação do País. Em sessão do Grande Oriente, realizada no dia 2 de agosto, sob a presidência de Gonçalves Ledo, D. Pedro foi proposto para o cargo de Grão Mestre, sendo criado, para acomodar José Bonifácio, o cargo de Grão Mestre Adjunto, que não existia. Naquela sessão, Gonçalves Ledo propôs também que D. Pedro fosse proclamado, pelo povo, Rei do Brasil, quando, na coluna do Sul, bradou o maçom Domingos Alves Branco: REI. NÃO!
Gonçalves Ledo, surpreendido com o aparte já se preparava para contradizer o irmão, quando este completou, entusiasmado, sua frase: IM-PE-RA-DOR!.
Finalmente, em sessão do Grande Oriente, realizada em 20 de agosto, na Loja Comércio e Artes, presidida pelo Primeiro Vigilante, Gonçalves Ledo que, em discurso inflamado, demonstrando com sólidas razões que as circunstâncias políticas da Pátria exigiam imperiosamente que fosse proclamada, de pronto, a Independência Política do Brasil, o que recebeu aprovação unânime e, já no dia 23, em nova reunião do Grande Oriente, foram nomeados emissários que deveriam tratar da proclamação nas diversas Províncias. Seguiu para Minas: Cônego Januário Barbosa; para Pernambuco: João Mendes Viana; para Bahia: o Brigadeiro José Egídio Gondilho da Barbuda, todos maçons.
Como se vê, Gonçalves Ledo foi a grande figura na lendária sessão de 20 de agosto de 1822, estando mais uma vez ausente, José Bonifácio.
O Grito do Ipiranga, em 7 de setembro de 1822, foi tão somente um ato público, isto é, “decorativo”. Quando voltava de Santos para São Paulo, ladeado por dragões de sua guarda de honra, recebendo despacho, que segundo se diz, trazia ordens inaceitáveis da Corte Portuguesa ordenando seu regresso a Lisboa, D. Pedro I puxou da espada e ratificou a decisão maçônica de 20 de agosto, dizendo:
INDEPENDÊNCIA OU MORTE.

domingo, 6 de setembro de 2009

A MAÇONARIA NA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL – Parte VI

Dom Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon foi o primeiro imperador do Brasil, como D. Pedro I, tendo sido também Rei de Portugal durante um curto período.
Do seu legado maçônico destaca-se desde logo o Hino Maçónico Brasileiro, para o qual escreveu música e letra.
José Bonifácio, que havia fundado no dia 02 de junho o Apostolado da Nobre Ordem dos Cavaleiros da Santa Cruz, da qual D. Pedro fazia parte, com o cargo de Arconte-Rei (presidente), tentou impedir que o mesmo ingressasse na Maçonaria, uma vez que reconhecia o maior prestígio de Gonçalves Ledo na Ordem, tanto que em 16 reuniões ocorridas naquele ano, presidira apenas 4, ficando 12 sob o comando de Ledo.
A proposta de iniciação de D. Pedro foi unanimemente aprovada por todos os que faziam a Loja Comércio e Artes, sendo imediatamente convocado o proposto e encerrado na mesma sessão, na Câmara de Reflexões, tendo sido sua autoridade profana submetida a todas as provas iniciáticas. Esta sessão magna foi presidida pelo Venerável Mestre Manuel dos Santos Portugal e, o neófito, que adotou o nome simbólico de Guatimozin, foi saudado pelo então Orador Frei Sampaio.
No dia 16 de junho de 1822, ou seja, 3 dias após sua iniciação, por proposta de Gonçalves Ledo, como Primeiro Grande Vigilante, no exercício do Grão-Mestrado, lhe concedeu o interstício e, inclusive, ultrapassando o Grau de Companheiro, D. Pedro foi exaltado ao Grau de Mestre.
O Príncipe logo reconheceu, que enquanto o Apostolado representava apenas grupo, o Grande Oriente era o conjunto de Lojas Maçônicas no Rio de Janeiro, com ramificações em outras províncias do Brasil e reconhecimento internacional.
Continua na Parte VII

sábado, 5 de setembro de 2009

A MAÇONARIA NA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL – Parte V

JOAQUIM GONÇALVES LEDO
Nascido no Rio de Janeiro em 11/12/1781, foi seguramente,
o maior Maçom brasileiro de sua época de atividade e
tem sido bastante injustiçado na História do Brasil,
já que os historiógrafos, de maneira geral, pouco o citam no
movimento emancipador brasileiro.
Iniciava-se um movimento liderado por Joaquim Gonçalves Ledo, para a convocação de uma Assembléia Geral Constituinte. D. Pedro ficara em situação delicada, pois em todo o País já desencadeavam-se movimentos pela Constituinte. Chegavam noticias de que a Bahia e Pernambuco só reconheceriam a Regência se a Assembléia fosse convocada o quanto antes. O povo do Rio fazia movimentos incessantes pela convocação. No dia primeiro de junho foram eleitos procuradores do Rio os maçons Joaquim Gonçalves Ledo e José Mariano Azevedo Coutinho que, no dia seguinte, apesar de ser um domingo, reuniram-se e resolveram convocar uma assembléia geral, que deliberou por requerer a D. Pedro a convocação da Constituinte. Tal requerimento foi escrito por Gonçalves Ledo, em linguagem altiva, como era sua característica de escrever e, como conseqüência, logo no dia 3 de junho, foi por D. Pedro convocada a tão desejada Assembléia Geral Constituinte.
A independência estava próxima. Em todo o País eclodiam movimentos patrióticos pela emancipação, mas, como em qualquer movimento de grande envergadura, se não houvesse organização e comando, tudo tenderia ao insucesso.
Exatamente ai, é que a presença da Maçonaria foi decisiva.
As Leis Maçônicas da época, constituíram seu Grande Oriente. O esforço e a capacidade de persuasão da Maçonaria influenciou a imprensa a pregar francamente a separação completa e definitiva de Portugal. Os religiosos maçons, instruídos em suas Lojas, passaram a difundir do alto de seus altares o movimento patriótico. Nenhum profano era iniciado sem que se comprometesse, por escrito, com a causa separatista sendo, inclusive, necessário o juramento de defender e promover a independência do Brasil.
A Loja Comércio e Artes, em reunião econômica realizada em 13 de maio de 1822, deliberou conferir, em nome do povo, a D. Pedro, o título de “Protetor e Defensor Perpétuo do Brasil”. Esta proposição foi feita pelo maçom Domingos Alves Branco Munis Barreto.
Muito embora politicamente José Bonifácio fosse o maçom de maior destaque e ocupasse o cargo de Grão-Mestre na Maçonaria, o mais influente na Ordem, sem nenhuma dúvida, era Joaquim Gonçalves Ledo que, ardilosamente, propôs a iniciação de D. Pedro em sessão realizada em 13 de junho de 1822.
Continua na Parte VI

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A MAÇONARIA NA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL – Parte IV

José Clemente Pereira
Ao tempo em que se buscava a formalização do apoio das Províncias de São Paulo e Minas, o Clube da Resistência, através do maçom Frei Francisco de Santa Teresa de Jesus Sampaio, de notável e destacada cultura, redigia a “Representação dos Fluminenses”, na qual conclamava que D. Pedro permanecesse no Brasil, sendo o referido documento assinado por mais de 8.000 subscritores. Para que tenhamos noção do empenho do Clube da Resistência nesta empreitada, a população do Rio de Janeiro, aquela época, girava em torno de 15.000 pessoas, dentre as quais alguns portugueses e muitos analfabetos.
Finalmente, após este frenético trabalho da Maçonaria, no dia 19 de janeiro de 1822, grande comitiva de maçons saia das dependências do Senado, que se reunia no Consistório da Igreja do Rosário, sob a presidência do maçom José Clemente Pereira, com destino ao Paço da Cidade, local que o Príncipe Real tinha determinado para receber aquela importante representação. Depois de árduo trabalho de convencimento, pode-se finalmente ouvir: “Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto, diga ao povo que fico”.
Estava vencida a primeira e decisiva batalha. A INDEPENDÊNCIA era irreversível na consciência de todos.
Continua na Parte V

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A MAÇONARIA NA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL – Parte III

O político José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838)
apoiou D. Pedro I no movimento pela independência.
Foi encarregado de organizar o primeiro ministério
do novo Estado e também foi tutor de D. Pedro II.
Um dos patriarcas da independência.
José Joaquim da Rocha convidou a aderir ao movimento, o português maçom e presidente do Senado, José Clemente Pereira, que deu sua inteira solidariedade ao movimento, fazendo ver a todos a necessidade de se buscar o apoio das Províncias de Minas e São Paulo. Sendo a sugestão muito bem aceita, seguiu para São Paulo, o maçom Pedro Dias Paes Leme, que depois tornou-se Marquês de Quixeramobim e, para Minas, o também maçom Paulo Barbosa da Silva.
Em São Paulo, o maior “entrave” ao movimento encetado pelo “fico” era José Bonifácio de Andrada e Silva, uma vez que o mesmo defendia vantagens particulares, pois, recebia do erário português a quantia de 12.000 cruzados anuais e, por certo, os perderia caso o Brasil se tornasse independente. Mesmo com essa conduta impatriótica terminou perdendo, precocemente, tal gratificação tendo em vista o projeto de lei, de n° 213, apresentado em sessão de 30 de outubro de 1821, pelo Deputado português Borges Carneiro.
Depois de ler a correspondência e ouvir os fortíssimos argumentos de Pedro Dias, José Bonifácio concordou em convocar a junta governativa de São Paulo, da qual era vice-presidente, e expor perante a Câmara as razões argüidas pelos fluminenses propondo à Junta, e que fosse enviado ofício a D. Pedro concitando-o a ficar no Brasil e juntar-se aos anseios do povo brasileiro.
Continua na Parte IV

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A MAÇONARIA NA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL – Parte II

A estratégia portuguesa para extinguir a crescente organização social pela Independência consubstanciou-se nos Decretos Leis de n°s 124 e 125, de 29 de Setembro de 1821. O primeiro, esfacelava o Brasil em várias Províncias. O segundo, Decreto de n° 125, ordenava o imediato retorno a Lisboa do Príncipe Regente.
Observemos que já em 30 de março de 1818, por ato do Ministro Tomás Antônio de Vila Nova Portugal, tinha sido proibido o funcionamento das sociedades secretas, sendo fechadas todas as Lojas Maçônicas. Foi quando sobressaiu-se a figura patriótica do destemido Maçom José Joaquim da Rocha que, convicto da importância da Maçonaria para manutenção da chama viva de Independência Brasileira, fundou em sua residência, à Rua da Ajuda n° 64, o Clube da Resistência, constituindo-se um dos maiores propulsores redutos da nossa emancipação política. O Clube da Resistência tinha a finalidade precípua de elaborar e executar um plano de ação que redundasse na decisão de D. Pedro permanecer no Brasil, desobedecendo o Decreto Lei de n° 125 que ordenava seu imediato retorno a Portugal.
Continua na Parte III

terça-feira, 1 de setembro de 2009

A MAÇONARIA NA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL – Parte I

Em homenagem a semana da Pátria, a LOJA MAÇÔNICA DEUS E CAMOCIM N° 1, estará postando, a partir de hoje, em sete partes, artigos que mostra a influencia da maçonaria na Independência do BRASIL.
Todo esse trabalho foi retirado da Revista Mosaico, e tem como pesquisador o Irmão Carlos Alberto Ribeiro de Souza.
No início do século de XIX efervescia em todo mundo uma verdadeira revolução pela liberdade, fruto, quem sabe, dos ensinamentos legados pela Revolução Francesa – com a queda da Bastilha – em 1789, amparada na trilogia, hoje pinçada pela Maçonaria, IGUALDADE, LIBERDADE E FRATERNIDADE, ou mesmo, um pouco antes, em 1783, na luta pela libertação dos Estados Unidos da América, liderada pelo maçom George Washington.
No Continente Sul-Americano, o Chile alcançava sua liberdade em 1818, em luta capitaneada pelo maçom O’Higgins; a Colômbia e o Perú, em 1821; e a Argentina, em 1822, sob a inconteste liderança do maçom José Antônio de la Santíssima Trindad Simón Bolívar y Palácios. No Brasil, o despertar da consciência pela independência nasceu dentro das Lojas Maçônicas, em 1813, com José Joaquim da Rocha, fundador da Loja Distintiva, na antiga Praia Grande, hoje Niterói. Em 24 de junho de 1815, foi fundada, pelos irmãos Gonçalves, Joaquim e Custódio, a Loja Comércio e Artes, no Rio de Janeiro, que mais tarde teria influência direta no processo de nossa Independência. O Brasil, que foi elevado a condição de Reino Unido em 16 de dezembro de 1815, tendo como Regente o Príncipe D. Pedro I, progredia numa velocidade superior a Portugal, inclusive alcançando maior contingente populacional, denotando claramente aos portugueses o crescente anseio de independência política, o que, para Portugal, era desastroso, uma vez que éramos seu principal sustentáculo econômico.
Continua na Parte II