O que lamentamos, como “homens livres e de bons costumes”, e que nos dão tanta inquietação para conquistar um lugar que nos eleve tão pouco e que mantemos por tão pouco tempo...
A vida corporal não é mais do que uma passagem, uma curta estação. A vida passa depressa, aproveite-a bem. As vicissitudes da vida não são mais que incidentes que recebemos com paciência, porque sabemos que não são senão de curta duração, e devem ser seguidos de um estado mais feliz; a morte nada mais tem de apavorante, e não é mais a porta do nada, mas a da libertação que abre a entrada de uma morada de felicidade e de paz. Sabendo que estamos em um lugar temporário, e não definitivo, recebemos as inquietações da vida com mais indiferença, e disso resulta, uma calma de espírito que nos atenua a amargura.
O que lamentamos, como “homens livres e de bons costumes”, e que nos dão tanta inquietação para conquistar um lugar que nos eleve tão pouco e que mantemos por tão pouco tempo. É assim que a Maçonaria nos ensina, desde nossa Iniciação, que os bens terrestres estão sempre na razão da fé na vida futura: “Conheceis, agora, o Templo Simbólico e sabeis perfeitamente que ele não se constrói com pedras e madeiras, mas com Virtude, Sabedoria, Força, Prudência, Glória e Beleza; enfim, com todos os elementos morais que devem ser o ornamento dos Maçons”.
O homem procura instintivamente seu bem-estar, e, mesmo com a certeza de não estar senão por pouco tempo num lugar, ainda quer aí estar melhor, ou o menos mal possível; não há ninguém que, achando um espinho sob sua mão, não o tire para não ser picado. Ora, a procura do bem-estar força o homem a melhorar todas as coisas, possuído que está do instinto do progresso e da conservação, que está nas leis da Natureza (que são as Leis Divinas). Ele trabalha, pois, por necessidade, por gosto e por dever, e nisso cumpre os desígnios do Grande Arquiteto do Universo que o colocou sobre a Terra para vencer as dificuldades interpostas em seu caminho, subjugando paixões e intransigências. (Trabalho é um dogma fundamental que a Maçonaria impõe aos seus filiados como um dever iniludível, por isto os Maçons são distinguidos pela designação de Obreiros. A Loja é simbolizada por uma Colméia sendo o Avental o símbolo do Trabalho, do labor, pois lembra que um Maçom deve ter sempre uma vida ativa e laboriosa).
A Maçonaria é uma Ordem Universal, formada por homens de todas as raças, credos e nacionalidades, expande o pensamento e lhe abre novos horizontes; ela mostra que essa vida não é senão um elo no conjunto harmonioso e grandioso da obra do Criador; mostra a solidariedade que liga todos os seres, dando assim, uma base e uma razão de ser da Fraternidade Universal.
Disse o poeta:
“Seja a sua vida uma canção de amor... Se todos fossem no mundo iguais a você....Que maravilha viver...”
“Acaso encontraste, neste vasto mundo, alguém disposto a tentar amenizar a tua dor...?”
Muita vida, força, beleza e segurança.
Ir.'. Valdemar Sansão
A.'.R.'.L.'.S.'. Arnaldo Alexandre Pereira - Or.'. S.Paulo/SP
Membro da Academia Brasileira Maçonica de Ciências, Artes e Letras
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