O Museu do Ceará, equipamento vinculado a Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, lança nesta terça-feira, dia 14 de julho, uma nova exposição “O segredo e a rua: a Maçonaria cearense (1870-1930), organizada por Berenice Abreu e Marcos José Diniz Silva, que contempla a história da Maçonaria no Ceará sob dois aspectos. Na primeira parte, trata da sociabilidade interna, símbolos e ritos. Na segunda parte, destaca sua inserção pública, dando conta dos confrontos com a Igreja Católica, atuação no movimento operário e presença no cenário político e intelectual local.
Tendo em vista o desconhecimento, curiosidade e preconceitos ainda vigentes sobre a Maçonaria e o atual crescimento do interesse acadêmico por seu estudo, o lançamento será marcado pela apresentação de dois livros: “Intrépidos romeiros do progresso. Maçons cearenses no império” (Coleção Outras Histórias), da professora Dra e historiadora Berenice Abreu e a “Maçonaria e os trabalhadores cearenses” (Coleção Mundos do Trabalho), do sociólogo Marcos José Diniz Silva.
Os dois livros são resultados de intensa pesquisa sobre a maçonaria no Ceará. O movimento tem caráter universal e seus membros cultivam a filantropia, justiça social, aclassismo e tem princípios da liberdade, democracia e igualdade do aperfeiçoamento intelectual. O livro “Intrépidos Romeiros do Progresso: Maçons Cearense no Império” é resultado de uma pesquisa sobre as intelectuais maçons cearenses, durante o Império brasileiro no início dos anos de 1870. Já o livro “No compasso do progresso: a Maçonaria e os trabalhadores cearenses” é resultado da Dissertação de Mestrado em Sociologia (UFC), e trata a experiência pára-maçônica da associação Aliança Artística e proletária de Quixadá, fundada em 1921.
Sobre o Livro “Intrépidos Romeiros do Progresso: Maçons Cearense no Império” - Mais uma publicação da coleção Outras Histórias do Museu do Ceará o livro enfoca a luta dos maçons por questões relacionadas ao lugar ocupado pela Igreja Católica na organização da vida social no Brasil: casamento civil, administração de cemitérios e hospitais, educação para as crianças e instrução para os trabalhadores. Por outro lado, busca retratar o embate ideológico e político com a Igreja, especialmente nas páginas dos jornais Fraternidade e Tribuna Catholica. Neste processo, os maçons mostraram-se publicamente como atores sociais, em oposição à visão tradicional que enfatizava o segredo o os rituais privados. De outro lado, o livro aborda aspectos da “sociabilidade maçônica”, o lugar das lojas como centros de divulgação do pensamento liberal-ilustrado no Brasil. A partir de documentos originais (atas e manuais), a pesquisa analisa a Maçonaria (seus rituais, sua simbologia) como instituição que congrega uma sociabilidade masculina, como alternativa possível para o exercício do pensamento liberal, que se via oprimido nos quadros políticos e ideológicos do Império. Os livros estarão à venda no Museu do Ceará ao preço de R$ 10,00.
Sobre o Livro “Maçonaria e os trabalhadores cearenses” - Este livro da Coleção Mundos do Trabalho volta a ser apresentado em nova edição. Tema da dissertação do autor fala sobre da experiência pára-maçônica da Associação Aliança Artística e proletária de Quixadá, fundada em 1921. Como sociedade operária beneficente, a Aliança Artística empreende amplo trabalho de sustentação material e de caráter político-educacional, tendo como parâmetro as orientações filosóficas, políticas e sociais vigentes na Maçonaria brasileira. Os livros estarão à venda no Museu do Ceará ao preço de R$ 10,00.
Serviço: Lançamento de livro da Coleção Outras Histórias
Data: 14 de julho (terça-feira)
Local: Museu do Ceará (Rua São Paulo, 51, Centro)
Horário: 18 horas
Informações: 3101.2609
Jornalistas responsáveis
Bianca Felippsen – (85) 88788805 e Juliana Lopes-(85) 86256728.
Informações colhidas no site da secult
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